Justiça
Mãe afirma que a única pessoa que atirou em menino de 4 anos em Santos durante operação da polícia militar foi um policial.
Ryan da Silva Andrade Santos estava perto da casa de familiares quando um crime com suspeitos em motocicleta aconteceu, envolvendo uma dinâmica de ação rápida durante uma operação em que um deficiente foi atingido.
O caso de Santos é apenas mais um exemplo do quanto a violência policial afeta comunidades mais vulneráveis, como morros e favelas. Em um contexto onde a segurança é um direito fundamental, é inaceitável que crianças sejam vítimas de tiros durante uma ação da Polícia Militar.
A mãe do menino de 4 anos, que brincava com outras 15 crianças na rua na noite de terça-feira (5), pede justiça e esclarecimentos sobre o ocorrido. O que justifica a presença de agentes da lei, armados, em um local onde crianças estão brincando? Nesse cenário, a Guarda Municipal poderia ter sido a opção mais adequada, pois sua atuação é focada em manter a ordem pública de forma mais pacífica. A Polícia Militar tem um papel crucial na segurança pública, mas também é responsável por evitar a morte de inocentes.
Desvendando a Realidade: Polícia no Foco
Conforme a testemunha Beatriz da Silva, cozinheira escolar de 29 anos, a cena do crime ocorreu próximo à residência de familiares. Ela relatou à Folha de S.Paulo que os guardas perseguiam indivíduos em uma motocicleta, afirmando que os suspeitos não dispararam, mas sim os policiais militares. Essa versão é corroborada pela testemunha, que presenciou a cena.
A visão oficial do governo, por meio do secretário de Estado Tarcísio de Freitas (Republicanos), indica que ocorreu um confronto entre os agentes de segurança e os suspeitos. Além da criança, outro homem perdeu a vida durante a ação da Polícia Militar (PM). Na verdade, o pai da criança, Leonel Andrade Santos, 36 anos, já havia sido vítima de morte a tiros de fuzil por policiais do COE (Comandos e Operações Especiais) em 9 de fevereiro, durante a Operação Verão.
O relato de Beatriz destaca que Leonel Andrade Santos era deficiente físico, utilizando muletas. Na entrevista coletiva desta quarta (6), o coronel Emerson Massera destacou a dinâmica dos fatos, concluindo provavelmente que o tiro que matou a criança partiu da arma de um agente de segurança. Ele também ressaltou o histórico criminal do pai da criança.
Fonte: © Notícias ao Minuto