Saúde
Unesp cria modelo inovador para prevenir o tabagismo.
Universidade lança campanha para prevenir o uso de vapes descartáveis e eletrônicos entre os estudantes, com foco em modelos recarregáveis e produtos que contenham freebase, acetato de vitamina E e sais de nicotina.
O tabagismo ainda é um problema grave para a sociedade brasileira, embora haja um esforço global em controle desse problema, a redução na quantidade de fumantes é uma conquista que deve ser protegida e não ameaçada pelo interesse da indústria do tabaco. Além disso, é essencial lembrar que o tabagismo é uma das principais causas de morte evitável no Brasil.
Os dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde mostram que, no Brasil, a diminuição da quantidade de fumantes foi de cerca de 35% desde 2010. No entanto, a indústria do tabaco ainda encontra maneiras de reinventar e continuar lucrativa, o que é uma ameaça para os ganhos obtidos até então. Além disso, é importante lembrar que os fumantes estão em maior risco de desenvolver doenças relacionadas ao tabagismo, como câncer e doenças cardíacas.
Tabagismo: Uma Ameaça à Saúde Individual e Coletiva
O vício em nicotina, uma vez restrito ao cigarro convencional ou artesanal, agora se espalha por vapes/cigarros eletrônicos e produtos de tabaco aquecido, colocando em risco a saúde de muitas pessoas. Esses dispositivos eletrônicos de fumar, especialmente entre os jovens, estão crescendo rapidamente, oferecendo uma variedade de opções, incluindo produtos descartáveis e modelos recarregáveis, além de novas formas químicas de entrega de nicotina. Esses produtos são atraentes devido ao seu design moderno e sabores variados, tornando-os uma grave ameaça à saúde.
Impacto da Epidemia de Tabagismo
De acordo com a pesquisa Ipec, o uso de cigarros eletrônicos no Brasil aumentou em 600% entre 2018 e 2023, apesar de um revés ocorrido em 2019, quando foram registrados casos de doenças pulmonares graves ligadas ao uso de dispositivos eletrônicos contendo acetato de vitamina E e quantidades impressionantes de nicotina. Essa crise levou a reformulações na forma de entrega da nicotina, com substituição da nicotina freebase por sais de nicotina, o que ocasiona picos plasmáticos de nicotina em segundos, reforçando o comportamento viciante. Isso levou a comunidade médica a falar em uma nova epidemia: o ‘nicotinismo’.
Consequências da Depreciação da Regulação
A falta de regulamentação eficaz no Brasil permitiu que esses dispositivos continuassem sendo vendidos ilegalmente. Uma tentativa de regrar o mercado foi feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril do ano, com a publicação de uma resolução que proíbe a fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar. A medida reforça a necessidade de uma regulamentação rigorosa e ações de conscientização para frear essa tendência crescente.
Fonte: @ Veja Abril