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Aviões e animais: Novas regras governamentais
Morte de Joca em transporte aéreo levanta questionamentos sobre bem-estar dos pets em empresas ligadas a segurança e diretrizes de transporte de animais.
O transporte aéreo de animais é um assunto que ganhou destaque nas últimas semanas, após o caso de Joca, um golden retriever que faleceu enquanto era transportado pela empresa ligada à Gol, Gollog. A tragédia levou ao reavivamento do debate sobre a segurança e o bem-estar dos animais em voos.
Diante disso, o governo federal apresentou um conjunto de diretrizes para aprimorar a segurança do transporte aéreo de animais domésticos e garantir que esses passageiros aéreos sejam tratados com o devido cuidado durante as viagens. A decisão visa garantir que tanto o transporte aéreo quanto outros meios de transporte sigam normas rígidas de segurança para garantir o bem-estar dos animais durante as viagens.
Plano de Melhoria do Transporte Aéreo de Animais (PATA)
O ministro de Transporte e Aeroportos, Silvio Costa Filho, emitiu um comunicado sobre a implementação do Plano de Melhoria do Transporte Aéreo de Animais (PATA), na capital federal, Brasília. O plano busca promover o bem-estar dos animais durante as viagens aéreas. Em um esforço para garantir a segurança e o conforto dos pets, as principais diretrizes incluem a rastreabilidade dos animais ao longo do trajeto, a disponibilidade de suporte veterinário em aeroportos em situações de emergência, e a criação de um canal de comunicação direta com os tutores para esclarecer regras de transporte e fornecer atualizações sobre o status do voo. O plano visa fornecer um transporte aéreo mais seguro e humano para os animais de estimação no Brasil.
Companhias Aéreas e a Implementação do PATA
As companhias aéreas têm um prazo de 30 dias para se adequar às novas regras do PATA. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pode aplicar multas a empresas que não cumprirem as diretrizes. O ministro Silvio Costa Filho enfatizou a importância das mudanças, declarando que o animal não pode ser tratado como bagagem. Ele ressaltou que o caso de Joca, um cachorro que foi enviado ao destino errado, gerou grande comoção no país e destacou a necessidade de mudanças para evitar tragédias semelhantes no futuro.
Caso Joca e a Formação do Grupo de Trabalho
O caso de Joca ocorreu em abril, quando o cachorro foi enviado para Fortaleza (CE) em vez de Sinop (MT), prolongando sua viagem de duas horas e meia para quase oito horas. Infelizmente, o animal foi encontrado sem vida ao chegar ao aeroporto. O episódio levou à formação de um grupo de trabalho que, em parceria com a Anac e entidades de proteção animal, coordena a padronização das regras para o transporte de animais. O tutor de Joca, João Fantazzini, expressou satisfação com as novas diretrizes, considerando que elas representam uma vitória.
Novas Diretrizes e Benefícios
O PATA busca evitar que episódios como o de Joca ocorram no futuro. As novas regras incluem a adoção de normas internacionais, a implementação de sistemas de rastreabilidade, a melhoria na comunicação entre companhias aéreas e tutores, o treinamento contínuo das equipes, a disponibilização de assistência veterinária em emergências, e a prestação de relatórios trimestrais sobre os transportes realizados. Essas mudanças visam garantir um transporte aéreo mais seguro e humano para os animais de estimação no Brasil.
Fonte: @ Terra