Saúde
Uma a cada dez mortes no Brasil está ligada ao consumo de alimentos ultraprocessados e à morte.
Análise calculou prejuízos econômicos pela má alimentação com ultraprocessados, biscoitos recheados e alimentos desertos, contribuindo para doenças crônicas e óbitos.
Um estudo da Fiocruz revelou um dado alarmante sobre os impactos da dieta brasileira, revelando que 10% dos óbitos no Brasil estão relacionados ao consumo de ultraprocessados, como refrigerantes e biscoitos recheados, causando morte. Esses produtos, ricos em sacarina, sal e gorduras saturadas, contribuem para doenças como obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão, que geram um impacto econômico devastador.
Essa relação entre o consumo de ultraprocessados e a morte é um alerta importante para a saúde pública do país. O estudo da Fiocruz revelou que esses produtos geram 57 mil óbitos anuais e um impacto econômico de R$ 10,4 bilhões. Além disso, as doenças relacionadas ao consumo desses produtos custam R$ 933,5 milhões anuais ao Sistema Único de Saúde (SUS). A redução do consumo desses produtos é fundamental para reduzir a morte prematura e promover uma saúde melhor.
Morte: O Custoso Legado dos Alimentos Ultraprocessados
A morte prematura é um assunto grave, cujas consequências podem ser demais. O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, por exemplo, tem custos associados, que podem superar o dobro do orçamento anual do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Os números são alarmantes, atingindo R$ 9,2 bilhões em perdas, devido a óbitos precoces em idade produtiva. A pesquisa da ACT Promoção da Saúde, que analisou dados do SUS, do IBGE e da Pesquisa Nacional de Saúde, considerando prevalências de 2017 a 2019, evidencia esses números, destacando a necessidade de ação.
Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul, Amapá, Distrito Federal e Paraná registraram índices de morte superiores à média nacional, devido a fatores como maior densidade populacional, renda e desertos alimentares. Mulheres apresentaram maiores taxas de hospitalização e uso de medicamentos, enquanto os homens representaram os maiores custos com perdas de vidas, alcançando R$ 6,6 bilhões contra R$ 2,6 bilhões das mulheres. A análise da ACT alerta sobre os impactos à saúde e à economia gerados por esses alimentos, enfatizando que os custos associados ao consumo de ultraprocessados ultrapassam os da morte, do óbito, e da doença crônica.
Fonte: @ Veja Abril