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Senado e Projeto de Emenda Constitucional irão dividir o protagonismo no dia de hoje.
Projeto prevê transferência de terrenos da Marinha para Estados, municípios ou proprietários privados.
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado irá debater e votar PEC das Praias na quarta-feira, 4, em meio a expectativas de grande movimentação política. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2022 prevê a transferência de terrenos sob gestão da Marinha para Estados, municípios ou proprietários privados.
A PEC das Praias também espera dividir a atenção do Senado com a Reforma Tributária. O cenário político está repleto de expectativas e possíveis disputas, e a PEC das Praias pode se encontrar em um papel de destaque ainda que Proposta de Emenda à Constituição ou PEC seja apenas uma das muitas propostas em discussão.
Critica e Controvérsia
O debate sobre a PEC das Praias, também conhecida como Proposta de Emenda à Constituição, desencadeou uma intensa discussão entre especialistas e o público em geral. A medida proposta visa alterar a administração e titularidade dos terrenos de marinha, permitindo que entidades privadas, Estados e municípios possam comprar e desenvolver projetos em áreas litorâneas, incluindo praias. Esta mudança pode gerar ocupação desordenada da orla e causar impactos negativos no meio ambiente.
Impactos Ambientais e Sociais
Especialistas alertam que as obras projetadas podem provocar o colapso de biomas costeiros, levando a consequências devastadoras para a biodiversidade e a qualidade de vida das comunidades locais. O debate sobre a PEC das Praias também gerou uma briga entre o jogador Neymar e a atriz Luana Piovani, que criticou o atleta pelo apoio à medida.
O que Prevê a PEC das Praias
A PEC visa modificar a administração e titularidade dos terrenos de marinha, que são faixas litorâneas sob domínio da União, definidas entre uma linha imaginária da maré média de 1831 e uma distância de 33 metros para o interior. Atualmente, essas áreas são consideradas de grande importância estratégica pelo governo e estão sob uso restrito, mantidas sob a gestão federal. O objetivo da PEC é facilitar a transferência dessas áreas ocupadas para mãos de entidades privadas, Estados e municípios, possibilitando que empresas e pessoas físicas possam comprar e desenvolver projetos como resorts e hotéis nestes espaços.
Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
A proposta foi feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em fevereiro de 2022. Para entrar em vigor, a PEC precisa ser aprovada em votação no Senado, ainda sem data definida. O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse em junho que o governo Lula (PT) é contra a proposta de emenda à Constituição que propõe a privatização de terrenos a beira-mar. A incorporadora Due nega que a PEC terá qualquer impacto para o empreendimento.
Consequências da PEC
A extinção do terreno de marinha faria com que o proprietário passasse a ser o único dono da área, podendo transformar a praia em espaço particular. Os moradores que ocupam essas áreas são obrigados a pagar anualmente à União uma taxa, pois compartilham 17% do imóvel. Quanto ao percentual federal, os ocupantes pagam as taxas de foro e laudêmio, sob o cálculo do valor venal (estimado pela prefeitura) desse imóvel.
Fonte: @ Terra