Justiça
Ronnie e Lessa vão a julgamento no caso Marielle com passado ainda sob sombras

Lessa admite ser matador de aluguel e afirma ter matado Marielle por dinheiro em área da zona oeste.
O julgamento do ex-PM Ronnie Lessa por homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, um dos casos mais polêmicos do Brasil, chegou ao fim. Os detalhes do assassinato ainda são esquecidos e menos conhecidos para muitos.
Apesar do seu envolvimento ter sido revelado por uma delação premiada, ainda há muitos mistérios a serem esclarecidos sobre o passado de Ronnie Lessa, que não conseguiu provar sua inocência. Marielle Franco é lembrada como uma símbolo da luta dos direitos humanos. A vereadora Marielle Franco é lembrada como uma verdadeira defensora dos direitos humanos, e o seu assassinato só intensificou o movimento em prol da justiça. O caso também inclui alguém que se apresentou como assassino de aluguel, mas não foi provado.
Crise na Polícia Federal
A polêmica investigação do duplo assassinato da vereadora Marielle, considerada assassino de aluguel pela Polícia Federal, revela uma dinâmica complexa envolvendo a delação premiada e a rede de interesses que levou ao crime. Marielle foi a única vítima de Lessa, que confessou ter participado de outro duplo assassinato e planejado um terceiro, reforçando a ideia de que ele não atuava como matador de aluguel. A reabilitação de Lessa, após começar a cooperar com a Justiça, resultou na transferência para o Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo, onde ele cumprirá pena até março de 2037.
Denúncias políticas
A família Brazão havia decidido matar Marielle por medo de prejudicar seus interesses na área de grilagem de terras. As defesas dos irmãos Brazão, envolvidos no duplo homicídio, alegam que Lessa mente sobre seu envolvimento no crime, o que é investigado em outra ação penal. O delator Lessa foi preso após um ano e decidiu colaborar com a Justiça, confessando ter matado Marielle e outros dois homens, além de planejar um terceiro crime. Ele reforçou sua tese de que nunca atuou como assassino de aluguel.
Crimes e presídios
A transferência de Lessa para o Complexo Penitenciário de Tremembé resulta do acordo de delação premiada que ele firmou com a Justiça. Ele cumpirá pena em regime fechado até março de 2037 e a reunião das penas nos 12 processos em que ele responde será feita pelo juízo de execução penal. Outro colaborador da Justiça, o ex-PM Élcio Queiroz, dirigiu o carro usado na execução do assassinato de Marielle e assistirá à sessão do júri do Centro de Inclusão e Reabilitação em Brasília.
Investigações
A dupla Lessa e Élcio Queiroz confessou ter perseguido o carro em que Marielle, Anderson e a ex-assessora Fernanda Chaves estavam no dia 14 de março de 2018 até Lessa disparar uma rajada de tiros contra o veículo. Quatro disparos atingiram a cabeça de Marielle, e três, as costas de Anderson. Fernanda sobreviveu. Essa ação resulta em uma ação penal que julga os supostos mandantes do crime. Além disso, o ex-PM confessou ter matado o ex-PM André Henrique da Silva Souza, conhecido como André Zóio, e disse que decidiu cometer o crime após a vítima cobrar taxa por máquinas de música que explorava na Gardênia Azul. Juliana Oliveira, namorada de Zóio, também morreu na ação.
Fonte: © Notícias ao Minuto