Justiça
Polícia afirma que a mãe suspeita de matar filhas pode ter premeditado o crime
Envenenamento de animais em Igrejinha, a 90 km de Porto Alegre, revelou conduta perversa semelhante a um teste de premeditação.
A investigação da Polícia Civil no Rio Grande do Sul aponta para a suspeita de que Gisele Beatriz Dias, presa pela suspeita de crime de homicídio contra suas duas filhas gêmeas, tenha planejado a morte das vítimas. Uma das principais evidências apontou para a ação premeditada e a variação no método de envenenamento. Além disso, a investigação também descobriu que Gisele havia testado uma substância perigosa em animais domésticos com três meses de antecedência, o que reforça a suspeita de crime.
A morte das filhas gêmeas, ocorrida em um intervalo de oito dias, levantou suspeitas de que o crime tenha sido planejado e executado com mãos de uma pessoa armada, com antecedentes de crime. A Polícia Civil ainda está investigando o caso e acredita que a motivação por trás do crime pode ter sido um motivo que Gisele considerava como crime na época e que lhe causou uma grande dor. A investigação continua para entender melhor o caso e descobrir todos os detalhes envolvidos no crime.
Crimes Contra a Vida e a Saúde
A investigação sobre as mortes das gêmeas Manoela e Antonia está focada na possibilidade de crime premeditado, com a mãe, Gisele, considerada a principal suspeita. Segundo a polícia, a mãe negou qualquer envolvimento com o caso, mas os investigadores encontraram evidências contraditórias. Uma das principais pistas é a conduta perversa da mãe, que foi relatada por seus próprios filhos e outros familiares.
A família estava em uma situação delicada desde a morte do único filho homem há cerca de dois anos, o que teria desencadeado uma ideia suicida em Gisele. Ela foi internada em uma clínica psiquiátrica por cerca de 40 dias antes de voltar ao convívio da família duas semanas antes da morte das filhas. O prontuário dessa internação indica que a mãe apresentava uma conduta perversa.
Além disso, três gatos da família, pertencentes às gêmeas, apareceram mortos no interior de casa, sem causa justificada. Isso levou os investigadores a acreditar que poderia haver uma possível premeditação e testagem do envenenamento nesses animais.
A investigação também descobriu uma acusação de estupro feita pela mãe contra o pai das meninas. Na época da denúncia, os dois estavam separados e o pai tinha a guarda das filhas. O inquérito apontou que as gêmeas foram induzidas a afirmar que houve o abuso sexual e que a mãe somente queria conseguir a guarda delas.
A Investigação Continua
O IGP (Instituto Geral de Perícias) ainda vai entregar um laudo com a causa da morte das gêmeas, mas não há prazo para que isso aconteça. Estão sendo examinados alimentos encontrados na casa da família e amostras extraídas do corpo das vítimas.
A polícia também está investigando a possibilidade de que a mãe tenha envenenado os filhos, com base em testes realizados com os gatos da família. O delegado Ivanir Luiz Moschen Caliari afirmou que a única filha sobrevivente do casal disse, em depoimento, que o pai seria incapaz de participar do crime, mas que a mãe poderia tê-lo feito.
O Caso Continua em Investigação
A investigação sobre o caso das gêmeas Manoela e Antonia está em andamento, com a polícia trabalhando para descobrir a causa da morte das crianças. A mãe, Gisele, é a principal suspeita, mas ainda não foi ouvida pelos investigadores.
Fonte: © Notícias ao Minuto