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PF cumpre mandados e desarticula esquema de fraude no Piauí e Maranhão
Prejuízo ao INSS por saques indevidos de contas de pessoas falecidas, utilizando documentos falsos, totaliza mais de R$ 10 milhões em desvios de recursos públicos.
A Polícia Federal deflagrou a Operação El Camino, com o objetivo de combater a organização criminosa interestadual especializada na prática de fraude previdenciária. A fraude previdenciária é um problema sério que afeta diretamente os benefícios dos titulares legítimos. Os saques de benefícios de titulares fictícios e pessoas já falecidas no Piauí e Maranhão são apenas alguns exemplos de como essa fraude se manifesta.
Além da fraude, essa organização criminosa também pratica estelionato, enganando os titulares legítimos e causando perdas financeiras significativas. A Operação El Camino visa desmantelar essa estrutura criminosa e trazer os responsáveis à justiça. A fraude previdenciária não é apenas um problema, mas uma ameaça ao sistema previdenciário do país.
Operação contra fraude no INSS rende mais de R$ 10 milhões em prejuízo.
O montante do prejuízo efetivado ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) referente aos saques indevidos totalizou mais de R$ 10 milhões. Equipes cumpriam, na manhã desta quinta-feira (24), sete mandados judiciais, sendo três mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão em Caxias/MA e Pedreiras/MA. A Polícia Federal cumpria mandados e desarticulava quadrilha especializada em fraude utilizando nomes de pessoas falecidas no Piauí (PI) e Maranhão (MA).
A investigação teve origem a partir de uma prisão em flagrante em Teresina para apurar o uso de documentos falsos, além de saque indevido de benefícios previdenciários e assistenciais em fraude. Os documentos pessoais fraudados eram utilizados para realizar prova de vida e saques indevidos de benefícios junto ao INSS e às instituições bancárias. O grupo criminoso também agrupava e transportava idosos falsários até as agências bancárias para efetuar os saques indevidos dos benefícios, conforme a instituição.
Foi possível identificar 314 benefícios atrelados ao esquema, sendo que em 108 deles já foi confirmada fraude. A operação, ainda, evitou desvios de recursos públicos na ordem de R$ 44 milhões. Os envolvidos poderão responder pelos crimes de estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso, além de outros que possam ser identificados ao logo do processo investigatório. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 3ª Vara Federal da capital piauiense. A ação ocorre em parceria com a Coordenação Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP).
Fonte: © A10 Mais