O Medo das siderúrgicas e mineradoras: China desacelera alavancando queda.

Medidas do governo podem reduzir estoque de imóveis, mas não são suficientes para aumentar a demanda por ações do mercado imobiliário e estímulos para o setor de minério de ferro.

As siderúrgicas brasileiras continuam a lutar para se recuperar dos efeitos da recessão econômica, enquanto as mineradoras têm enfrentado pressões para aumentar a produção e reduzir custos em um mercado altamente competitivo. A situação atual destaca a necessidade de uma estratégia mais sólida para as siderúrgicas e mineradoras, com foco em inovação e parcerias estratégicas para superar os obstáculos atuais.

Em meio a essa conjuntura, o anúncio de estímulos pelo governo chinês para o mercado imobiliário gerou uma onda de pessimismo entre os investidores, refletida na baixa das ações das mineradoras e siderúrgicas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Acompanhando essa tendência, a Vale, uma das principais mineradoras, teve sua ação negociada a R$ 60,13, com uma queda de 0,4%, enquanto a CSN Mineração perdia 0,8%, a R$ 5,94. A busca por opções de investimento mais seguras e rentáveis, como ações de mineradoras e siderúrgicas com histórico de estabilidade e crescimento, torna-se cada vez mais atraente para os investidores.

Desempenho das ações de mineradoras e siderúrgicas

A descida das ações de mineradoras e siderúrgicas na Bolsa Brasileira segue o patamar das ações da CSN, que registrou uma perda de 1,8% no dia, fechando em R$ 11,47. Em seguida, a Usiminas perdeu 1,6%, fechando em R$ 6,17, enquanto a Gerdau perdeu apenas 1,2% do seu valor, fechando em R$ 18,12.

O mercado internacional também registrou uma perda significativa, com os preços do minério de ferro caindo em decorrência de uma demanda mais fraca e medidas de estímulo imobiliário aquém do esperado na China.

Segundo relatórios da consultoria Dow Jones Newswires, as medidas de estímulo à habitação anunciadas pela China na semana passada não conseguiram reforçar a confiança na recuperação do setor. Embora o foco na redução do estoque de habitação possa aumentar a demanda por aço e ferro no curto prazo, possivelmente pouco impacto será notado.

O mercado siderúrgico está em constante luta para se manter ao mesmo nível do mercado imobiliário, com a CSN liderando a tendência das ações das siderúrgicas. Os estímulos dados ao setor imobiliário não são suficientes para manter o mercado siderúrgico estável, com a demanda por aço e ferro a seguir abaixo do esperado.

A Gerdau não foi poupada e perdeu apenas 1,2% do seu valor, fechando em R$ 18,12. O mercado siderúrgico enfrenta sérios desafios, com as medidas de estímulo imobiliário não sendo capazes de impulsionar a demanda por aço e ferro.

Fonte: @ Valor Invest Globo