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Na Febraban: Semana Difícil para Aprovação
Ministro da Fazenda é cobrado por alcance insuficiente das medidas de ajuste fiscal e proposta de isenção de Imposto de Renda, alvo de críticas no Congresso Nacional, mas diz estar aberto a sugestões do Diretor de Comunicação da Federação Brasileira de Bancos.
Em meio a uma semana de discussões acaloradas sobre o pacote econômico do governo federal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfrentou o primeiro grande teste na sexta-feira, 29 de novembro, durante encontro anual da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Ao longo da semana, o ministro teve que enfrentar críticas e elogios em relação ao pacote, mas ao final da semana, ele conseguiu manter a sanção presidencial. O ministro da Fazenda ainda enfrentou críticas sobre o impacto do pacote em determinados setores da economia. A aplicação do pacote é considerada um passo importante para o crescimento da economia brasileira.
Embora o pacote tenha sido aprovado, o ministro ainda enfrentará desafios na semana seguinte, quando o Congresso Nacional avaliará suas implicações. É possível que o ministro precise fazer alguns ajustes para melhorar o pacote. A semana será fundamental para o ministro avaliar a eficácia do pacote e tomar decisões necessárias para seu sucesso.
Preparativos para uma Semana crucial no Congresso Nacional
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, e o diretor de comunicação da entidade, João Borges, se reuniram com o ministro da Fazenda, Paulo Haddad, em uma Semanada de discussões intensas sobre o ajuste fiscal. Haddad enfrentou críticas do mercado pelo teor das medidas e admitiu que as próximas Semanas podem ser difíceis, considerando a batalha que o governo enfrentará para aprovar o ajuste fiscal pelo Congresso Nacional. Cauteloso, Haddad repetiu o discurso de que o governo está comprometido em cumprir as metas do arcabouço fiscal e tentou reverter a percepção de que o pacote seria definitivo para acalmar o mercado.
Negociações intensas e compromissos para a Federação Brasileira de Bancos
O ministro da Fazenda pediu cautela aos principais pontos do pacote alvo de ataques – a proposta de isenção do Imposto de Renda (IR) dos contribuintes que recebem até R$ 5 mil mensais, que teria sido apresentada de forma inoportuna, e o alcance das medidas, vistas como insuficientes para atingir o equilíbrio fiscal. Haddad reconheceu que não há uma ‘bala de prata’ para resolver os problemas econômicos do País e que novas medidas podem ser anunciadas, dando a entender que o governo está aberto a sugestões. Neste sentido, o ministro da Fazenda pediu cautela aos principais pontos do pacote alvo de ataques.
Ajuste fiscal e expectativas para a Semanário econômica
De início, Haddad demonstrou confiança na reancoragem das expectativas – segundo ele, o que deve ocorrer à medida que as medidas de corte de gastos forem mais bem assimiladas pelos agentes econômicos. ‘Se você explicar o que está fazendo, se for coerente nas suas ações, estando no caminho certo, como acredito que nós estamos, nós vamos fazer a reancoragem disso’, disse. Foi um ano ótimo do ponto de vista produtivo, mas do ponto de vista de expectativa, não foi bom, nós temos que cuidar.
Ministro da Fazenda e a Federação Brasileira de Bancos se reúnem
Antes de Haddad subir ao palco, os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, reconheceram em Brasília a importância de medidas de contenção de gastos apresentadas pelo Poder Executivo, mas indicaram um ‘caminho difícil’ para o projeto de isenção do IR incluído no pacote e um dos gatilhos da disparada da cotação do dólar nos últimos dias. A questão de isenção de IR, embora seja um desejo de todos, não é pauta para agora e só poderá acontecer se (e somente se) tivermos condições fiscais para isso. Se não tivermos, não vai acontecer.
Repercussão das declarações no mercado
Foi evidente o impacto das declarações dos líderes do Poder Legislativo no evento. O ministro da Fazenda lembrou que a proposta ‘não é arrecadatória e sim em busca de justiça social’ e, num recado ao Congresso, disse que a isenção do IR só passa no Congresso por meio de acordo. ‘A reforma do IR não vai ser aprovada se não tiver neutralidade tributária, qualquer que seja a decisão do Congresso precisa ter compensação’, disse Haddad, emendando com elogio a Pacheco e Lira.
Fonte: @ NEO FEED