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Massacre de Paraisópolis: 5 anos de sofrimento e 3 anos de espera por justiça
O juiz pode sentenciar em 2027, oito anos após o massacre de nove jovens em baile funk em Paraisópolis, afetando famílias das vítimas e o núcleo de cidadania.
Os familiares das vítimas do massacre enfrentam uma demora dolorosa pela justiça e, com eventual pena por júri popular, o tempo trabalha contra eles, pois diminui a comoção e a lembrança desse evento trágico. O processo de julgamento desses militares envolvidos no massacre é lento, com audiências ocorrendo em média, a cada três meses. Esse ritmo não ajuda a manter o foco e a pressão necessários para uma decisão justa.
É essencial que o tribunal, com um juiz sensível e imparcial, conduza o processo com seriedade e rapidez, evitando a demora e garantindo que as famílias das vítimas recebam a justiça devida. Os militares envolvidos devem responder por seus atos, e a sociedade deve se manter vigilante, exigindo que o processo seja concluído com julgamento justo e condenação adequada para os responsáveis pelo massacre. Justiça deve ser feita para as vítimas e suas famílias e não deve haver impunidade. A presença de familiares das vítimas no julgamento pode ser um fator importante para a motivação das testemunhas, mas é fundamental garantir a segurança e o direito de participar de forma adequada. Muitas vezes, a demora e a lentidão do processo podem levar a uma falta de motivação e entusiasmo por parte das partes envolvidas, o que pode prejudicar o objetivo de alcançar a verdade e a justiça. A preservação da memória das vítimas também é crucial, pois é através da lembrança delas que podemos aprender com o passado e evitar que eventos semelhantes ocorram no futuro.
Ao Largar Cinco Anos do Massacre de Paraisópolis, Luto e Desespero
A família de Gabriel Rogério de Moraes, morto com oito outros jovens em uma ação da Polícia Militar, em Paraisópolis, zona sul de São Paulo, em 1º de dezembro de 2019, não consegue esperar por justiça nos próximos oito anos, assim como muitas outras famílias das vítimas do Massacre de Paraisópolis, um dos mais violentos da história de São Paulo, que completam cinco anos. Os advogados de acusação e defesa prevêem que o julgamento, se houver, pode acontecer em 2027, oito anos após as mortes.
A investigação sobre o massacre, feita pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), levou um ano e meio. Terminou em junho de 2021. No mês seguinte, o Ministério Público denunciou 12 policiais militares por homicídio doloso, em crimes triplamente qualificados. Ainda em julho, a 1ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo recebeu a denúncia.
A primeira audiência, em julho de 2023, ocorreu dois anos depois da denúncia contra os PMs, e três anos e oito meses após o Massacre de Paraisópolis. Até agora, foram realizadas cinco audiências ouvindo familiares e testemunhas de acusação e defesa. Na média, houve uma audiência a cada três meses, embora as últimas tenham sido bem demoradas.
As próximas fases do processo estão marcadas para 31 de janeiro de 2025, quando a sexta audiência será realizada. Entre as testemunhas de defesa dos policiais, sete foram ouvidas, faltam 15. Considerada a média de audiências até agora, para terminarem no ano que vem o ritmo de seções teria que aumentar.
O massacre completou cinco anos e, segundo advogados de acusação e defesa, o julgamento, se houver, pode acontecer em 2027, oito anos entre as mortes e a sentença. A projeção é feita a partir de 1º de dezembro de 2019, quando nove jovens morreram em uma viela da favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, no baile funk da DZ7, após ação da Polícia Militar.
Maria Cristina Quirino, mãe de Denys Henrique Quirino da Silva, morto com os outros oito jovens, diz que é desolador saber que, em cinco anos, não houve uma pontinha de justiça. ‘É difícil demais falar sobre isso. Estamos lutando por justiça, mas não deveríamos lutar por ela, era para chegar sem ser buscada’, diz Maria Cristina.
Os familiares das vítimas do Massacre de Paraisópolis fazem ato na primeira audiência do caso, no Fórum Criminal da Barra Funda. Foto: Paulo Pinto/AB O Massacre de Paraisópolis completa cinco anos e, segundo advogados de acusação e defesa, o julgamento, se houver, pode acontecer em 2027. Nessa previsão mais otimista, seriam oito anos entre as mortes e a sentença.
A investigação sobre a morte de nove jovens, feita pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), levou um ano e meio. Terminou em junho de 2021. No mês seguinte, o Ministério Público denunciou 12 policiais militares por homicídio doloso, em crimes triplamente qualificados. Ainda em julho, a 1ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo recebeu a denúncia.
A primeira audiência, em julho de 2023, ocorreu dois anos depois da denúncia contra os PMs, e três anos e oito meses após o Massacre de Paraisópolis. Até agora, foram realizadas cinco audiências ouvindo familiares e testemunhas de acusação e defesa. Na média, houve uma audiência a cada três meses.
Fonte: @ Terra