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Gaza na Cadeia de Crise Humanitária
Combustível é necessário para manter geradores em funcionamento de hospitais, onde pacientes intensivos estão sujeitos a ataques cardíacos.
Os serviços de saúde na Faixa de Gaza estão prestes a enfrentar uma crise sem precedentes devido à escassez de combustível, o que poderá levar a uma paralisação parcial ou total das unidades hospitalares em menos de 48 horas, alertou o Ministério da Saúde da região. A falta de combustível já afeta fortemente as unidades hospitalares e a situação pode se deteriorar significativamente se o fornecimento não for reintroduzido rapidamente.
A falta de combustível já é um problema constante na Faixa de Gaza, mas a situação está se tornando cada vez mais crítica, o que pode levar ao fechamento de hospitais ou a uma redução significativa das atividades médicas. O Hamas, que governa a região, tem enfrentado obstáculos para importar combustível, o que contribui para a crise energética. Israel, que controla as fronteiras da Faixa de Gaza, também tem sido acusado de limitar a entrada de combustível na região, alegando preocupações com a segurança. Esse cenário de escassez de combustível pode ter consequências desastrosas para a saúde da população da Faixa de Gaza, cuja situação já é precária devido às restrições econômicas e ao bloqueio de Israel.
Alerta Urgente em Gaza: Hospitais Afetados Pela Obstrução de Combustível
O Ministério da Saúde de Gaza, sobrecarregado por uma crise humanitária sem precedentes, emitiu um alerta devido à grave escassez de combustível. Este escasso combustível está comprometendo a capacidade dos hospitais em Gaza em manter seus geradores funcionando, à medida que a escassez de energia elétrica no território palestino se agravou pela guerra devastadora. Sem a energia essencial para manter os sistemas críticos, como os geradores de energia, os hospitais estão enfrentando um desafio gigante.
80 Pacientes em Situação Desesperadora
A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou profundas preocupações sobre a situação de 80 pacientes, incluindo oito em cuidados intensivos, no hospital Kamal Adwan, um dos poucos que ainda funcionam parcialmente no norte de Gaza. O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que o hospital foi atingido por um ataque israelense na quinta-feira (21), danificando o gerador e a cisterna. O hospital sofreu ataques novamente na sexta-feira, conforme informado pelo diretor do estabelecimento, Hossam Abu Safiyeh.
Hospital Al Ahli: Uma Sala de Luto
Na sala do hospital Al Ahli, onde os feridos foram levados, uma cena de desespero foi vista, com Belal, que perdeu toda a sua família em um ataque recente, proclamando: ‘Eu perdi toda a minha família, 10 pessoas, e sou o único que resta.’ As autoridades israelenses afirmaram que eliminaram cinco terroristas do Hamas, entre eles dois responsáveis por ‘assassinatos e sequestros’ em 7 de outubro de 2023, em um ataque na região de Beit Lahia (ao norte).
Consequências Horríveis da Guerra
A guerra devastadora no norte de Gaza deixou mais de mil mortos, conforme informado pelo Ministério da Saúde do território. O Exército israelense lançou a ofensiva com o objetivo de impedir o Hamas de reconstruir suas forças na região. Em 7 de outubro de 2023, milicianos islamistas fizeram uma incursão no sul de Israel que resultou na morte de 1.206 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251, conforme um balanço da AFP com base em números oficiais israelenses. Dos sequestrados, 97 seguem em cativeiro em Gaza, mas o Exército israelense estima que 34 deles morreram.
Fonte: © G1 – Globo Mundo