Saúde
Em guerra constante: a batalha contra a obesidade
Cid Pitombo compara a guerra pela obesidade com conflitos mundiais, desafiando ganho de peso e suas consequências.
Com a obesidade corroendo a saúde pública, a sociedade enfrenta um conflito silencioso e persistente. O aumento da obesidade, que afeta uma parcela significativa da população, é um reflexo de uma batalha perdida contra a alimentação inadequada e a falta de atividade física. A obesidade não é apenas um problema individual, mas sim um desafio coletivo que exige a união dos esforços para encontrar soluções eficazes.
A obesidade não é apenas um assunto de saúde, mas uma guerra que se desenrola em todos os níveis da sociedade. É uma guerra de deveres e responsabilidades, onde cada um de nós é um soldado, lutando para mudar o curso da história. Semelhante a uma guerra, essa batalha contra a obesidade exige estratégia, disciplina e união para conquistar o objetivo de uma vida saudável e feliz.
Confrontando a ‘Guerra Pela Obesidade’: Uma Batalha Global
Em um mundo em constante evolução, onde a ameaça nuclear foi substituída por um novo tipo de conflito, a obesidade se tornou uma epidemia global. Documentos históricos e representações artísticas revelam que a obesidade existe há milhares de anos, mas foi apenas em 1997 que começamos a perceber a magnitude desse problema. Neste contexto, a obesidade assume todos os elementos de uma verdadeira guerra, com decisões erradas como o início da batalha, seguidas do ‘armamento’ com alimentos processados e sedentarismo. A desinformação, por sua vez, é uma estratégia antiga usada pela indústria e profissionais mal qualificados para dissuadir o adversário.
A guerra contra a obesidade é travada em diversas frentes, com cientistas trabalhando em conjunto para entender os mecanismos que nos fazem ceder a essa batalha e criar soluções para combatê-la. No entanto, a luta é complexa e multifatorial, dependendo de toda a sociedade para chegar à paz ou, pelo menos, a uma trégua. O elemento político é essencial na resolução dessa ‘guerra’, pois é a partir do poder central que podemos articular diretrizes de prevenção, normatizar a boa atenção à saúde e fiscalizar o profissional adequado.
A situação é alarmante, com hospitais cheios de feridos em consequência da obesidade e seu séquito de doenças, como diabetes, problemas cardiovasculares, câncer e enfermidades pulmonares. A questão é multifatorial e depende de toda a sociedade para que cheguemos à paz, ou pelo menos, a uma trégua. Ainda assim, insistimos em seguir por esse campo minado, aprimorando nosso poder de destruição e ignorando as consequências do nosso estilo de vida. É hora de nos juntarmos para combater essa ‘guerra’ e encontrar uma solução para a obesidade, antes que seja tarde demais.
Fonte: @ Veja Abril