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Einstein e Freud: Por que a Guerra?
Filme de Amos Gitai explora troca de cartas entre Albert Einstein e Sigmund Freud sobre causas das guerras e evitar o dano psicológico da natureza humana.
A guerra, uma instituição humana que se mantém ao longo da história, é um cenário de choque que sempre deixa a humanidade perplexa e inquieta. A busca por compreender a complexidade da guerra levou Albert Einstein a se corresponder com Sigmund Freud, em 1932, uma troca epistolar que reflete as preocupações de ambos em face da ascensão do nazismo e as consequências iminentes de uma nova guerra mundial.
A guerra é uma instituição complexa que envolve múltiplos fatores, desde a disputa por recursos até a luta ideológica. Em um cenário de guerra, a _realpolitik_ e a retórica da política de potências em disputa moldam o curso das ações. A guerra e o conflito são dois conceitos que se complementam de maneira complexa, onde a _realpolitik_ ajuda a entender como as decisões políticas levam ao conflito. A correspondência entre Einstein e Freud foi um reflexo da necessidade de entender os impulsos humanos que levam a tal nível de _conflito_ e _luta_.
Um diálogo inédito sobre a natureza humana
Em 1932, Albert Einstein, o gênio da física, trocou cartas com Sigmund Freud, o pai da psicanálise, em uma correspondência que buscava entender a essência da guerra e sua influência na natureza humana. Esse debate inédito surgiu após uma convite da Liga das Nações, uma organização precursora da ONU, que buscou evitar a repetição de uma tragédia como a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) na Europa. A essência desse diálogo foi preservada na obra ‘Por que a Guerra?’, que agora é levada ao cinema sob a direção de Amos Gitai.
A busca por uma solução para a guerra
Em sua correspondência, Freud não apresentou uma solução imediata para livrar a humanidade da ameaça da guerra, mas discutiu a razão das guerras e o papel da indústria armamentista. Essas discussões foram preservadas e agora são levadas ao cinema, oferecendo uma reflexão profunda sobre a guerra e sua influência na natureza humana.
A guerra, um conflito humano complexo
A correspondência entre Einstein e Freud foi redescoberta recentemente pelo cineasta israelense Amos Gitai, que buscava conforto em ideias após os ataques de 7 de outubro, no ano passado, que iniciaram o conflito Israel-Hamas. Essa experiência pessoal levou Gitai a criar um ensaio cinematográfico baseado na correspondência entre os dois grandes pensadores. O filme teve première mundial durante o Festival de Veneza, realizado entre agosto e setembro, e agora é apresentado na programação da 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
A guerra, um dano psicológico
Por que a Guerra? é um filme antiguerra que não usa a típica iconografia com imagens chocantes. Em vez disso, o filme entrelaça trechos em que atores interpretam os dois pensadores com cenas que abordam o dano psicológico das guerras. As imagens brutais de Goya Há são usadas para denunciar as crueldades da guerra. O filme é uma reflexão profunda sobre a guerra e sua influência na natureza humana.
A guerra, um conflito humano complexo
O filme traz os atores franceses Mathieu Amalric e Micha Lescot nos papéis de Freud e Einstein, respectivamente. Em suas cenas, os intelectuais geralmente discutem sozinhos as ideias que colocam no papel para o seu interlocutor. No entanto, eles também são vistos no conflito entre Israel e Palestina, que não é o único no mundo. A proposta do filme é questionar o motivo que nos leva a entrar em guerra uns com os outros.
Fonte: @ NEO FEED