Dólar encerra a R$ 5,87, maior nível em quase quatro anos e meio, após uma semana de alta de 2,9%

Proximidade de eleições presidenciais americanas impulsiona dólar, enquanto ausência de detalhes do pacote de gastos penaliza real, com investidores continuam dublando risco fiscal, de acordo com dados que apontam expectativas fortemente alteradas por furacão e greve, dificultando revisões para baixo, devido dificuldade em mensurar mercado.

Com a cotação do dólar em alta, alguns investidores optaram por deixar o mercado na sexta-feira, em busca de liquidez para lidar com as incertezas do mercado externo. Embora o cenário externo tenha sido determinante para a cotação do dólar, a característica do mercado de câmbio, de ser altamente imprevisível, deixou os investidores cautelosos.

De acordo com especialistas, a força do dólar americano na cotação de hoje é um reflexo da situação global, que tem o mercado de valores mobiliários em alta e a economia americana em expansão. Isso fez com que o investidor brasileiro tenha optado por proteger seus ativos, desinvestindo em moeda estrangeira. Além disso, a cotação do dólar americano oscila entre R$ 4,03 e R$ 4,06, afetando a situação financeira do investidor.

Cotação do Dólar Aumenta 1,53%

O mercado de câmbio enfrenta incertezas com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos e o risco fiscal continuando a pesar sobre o real. Isso impulsiona o fluxo de dinheiro para ativos considerados seguros, como o dólar e o ouro. O dólar americano alcançou seu maior nível desde 13 de maio de 2020, quando encerrou cotado a R$ 5,900, após subir 1,53% na sessão. Na máxima, atingiu R$ 5,874, um valor semelhante ao fechamento daquele dia.

Esse movimento decorre da falta de perspectiva da divulgação do contingenciamento de recursos pelo governo, o que continua a pesar sobre o dólar. Além disso, o cenário de risco fiscal segue a principal preocupação dos investidores em relação ao real, enquanto a proximidade das eleições presidenciais nos EUA também está tendo impacto.

Os investidores continuam a esperar por um pacote de gastos, e as falas do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da Ministra do Planejamento, Simone Tebet, não estão tendo mais impacto no câmbio. Eles querem iniciativas que possam ajudar a estabilizar a economia.

O dólar americano operou em alta de 0,32% contra moedas pares, enquanto subia 1,32% contra o peso mexicano, 0,57% contra o rand sul-africano e 0,24% contra a lira turca, moedas que são consideradas semelhantes ao real. Mesmo com a realização de leilões de câmbio, que deveriam ajudar a cotação a baixar, a moeda americana encerrou a semana com alta de 2,90%, e já subiu 20,96% no ano contra o real.

A proximidade das eleições nos EUA e o risco fiscal continuam a afetar a economia, e os investidores estão procurando por segurança em ativos considerados mais estáveis, como o dólar e o ouro. O dólar americano é considerado um seguro contra a incerteza e a inflação.

Fonte: @ Valor Invest Globo