Saúde
Doença Falciforme: Diagnóstico e Tratamento Inclusivos no Sistema Único de Saúde
Ministério da Saúde destaca notificação compulsória, incorporação de tratamentos e ações de cuidado integral para melhorar a qualidade de vida, longevidade e vigilância contra doenças como a falciforme em saúde pública.
Com o objetivo de melhorar o acesso ao tratamento e a saúde dessas pessoas, o Ministério da Saúde promoveu uma série de ações no Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme, com foco na inclusão da doença falciforme na Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública. Desde o ano de 2023, essa doença está incluída nessa lista, o que traz uma grande mudança positiva para a vida dessas pessoas.
A doença falciforme, também conhecida como doença falciforme, é uma anomalia genética que compromete o gene que codifica a proteína hemoglobina, importante para que o sangue leve oxigênio. A doença falciforme é uma doença incurável que afeta principalmente as pessoas de origem africana e pode levar a complicações graves se não for tratada adequadamente. Contudo, com os avanços no tratamento e as novas políticas de saúde implementadas pelo Ministério da Saúde, é possível melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e garantir o acesso a cuidados médicos especializados, como transfusões de sangue e medicação para aliviar os sintomas.
Transparência na Notificação de Doenças
A comunicação compulsória à pasta, após a suspeita ou confirmação da doença falciforme, desempenha um papel crucial no planejamento de políticas de saúde pública específicas, em resposta às necessidades reais dos pacientes. Com essa informação, o Ministério da Saúde pode direcionar ações em saúde de forma eficaz, monitorando os resultados dessas ações.
Esses dados realizam análises do cenário epidemiológico e identificam os principais riscos à população, contribuindo assim para o cenário de saúde. Além disso, há a necessidade de conscientizar a sociedade sobre a importância da inclusão e dos direitos das pessoas com a doença falciforme. As medidas já implementadas no Sistema Único de Saúde (SUS) reforçam a luta por uma sociedade mais acessível e igualitária.
A data da Conscientização da Doença Falciforme foi instituída pela Lei nº 12.104/2009 para dar visibilidade à luta de quem enfrenta essa condição hereditária. Entre 2014 e 2020, 3,75 pessoas a cada 10 mil nascidos vivos no Brasil foram diagnosticadas com doença falciforme, com taxa de mortalidade de cerca de 0,28 óbitos por 100 mil habitantes. Entre 2014 e 2023, 74,3% das mortes por doença falciforme no país ocorreram entre pessoas pardas ou negras, e 50,4% dos óbitos foram de homens.
A doença falciforme, caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos, exige tratamento contínuo para evitar complicações graves, como crises de dor, infecções e lesões em órgãos vitais. O Ministério da Saúde reforça a importância do diagnóstico precoce e o acompanhamento, enfatizando a necessidade de incorporar novas tecnologias para que os pacientes possam viver com mais qualidade de vida.
A coordenadora-geral da Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doença Falciforme (Fenafal), Maria Zenó Soares, destaca a mortalidade precoce como um dos impactos mais graves da doença, e celebra a criação da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme, além de avanços como o transplante de medula óssea e a nova dosagem de hidroxiureia. A conscientização da sociedade sobre a importância da inclusão e dos direitos das pessoas com a doença falciforme contribui para uma sociedade mais acessível e igualitária.
Fonte: @ Ministério da Saúde