Saúde
Dengue: o que leva brasileiro a não se mudar da casa onde é atacado
Unicef recomenda investir em infraestrutura e aumentar a percepção de risco para crianças contra arboviroses causadas pelo mosquito Aedes aegypti, cujo levantamento indica 6,5 milhões de casos em 2024, como foco de campanhas que abordem aspectos psicológicos, sociológicos e estruturais, com ministério da Saúde e painel de monitoramento.
De acordo com o estudo, a maioria das pessoas ainda não entende a relação entre a dengue e o mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em água parada.
Para combater essas doenças, é preciso mudar o comportamento e não apenas evitar a água parada, como alertam as autoridades. ‘A dengue é uma das principais causas de hospitalização infantil no Brasil’, disse o diretor do Unicef no Brasil,.modelo>, ‘Reduzir o número de casos é fundamental para proteger as crianças’. O Brasil registrou mais de 1,8 milhões de casos de dengue e 1.746 mortes em 2021.
Entendendo a complexidade da dengue: Um levantamento sobre percepção de risco e prevenção
O estudo, apoiado pela biofarmacêutica Takeda, revelou que a falta de percepção da gravidade das doenças causadas pelo mosquito Aedes e acreditar que as medidas para eliminação são ações trabalhadas atrapalham o envolvimento da população com medidas que realmente serão eficazes na luta contra a dengue. Para a pesquisa, foi realizada uma revisão da literatura e, em seguida, uma pesquisa de campo e entrevistas, organizados segundo os aspectos psicológicos, sociológicos e estruturais. Foi assim que os pesquisadores encontraram os pontos sensíveis das campanhas e constataram que falar sobre água parada não é suficiente.
O foco tem de ser em aumentar a percepção de risco em relação às doenças causadas pelo mosquito, principalmente para as crianças. De acordo com o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, foram notificados 6.545.062 de casos prováveis da doença e 5.680 mortes. Há 1.384 mortes em investigação. O país bateu bateu os recordes de episódios e mortes pela doença da série histórica, com dados desde o ano 2000. Em todo o ano passado, foram 1.658.816 de casos de dengue. Antes disso, a maior crise da doença tinha ocorrido em 2015, quando foram feitas 1.688.688 notificações.
O estudo também destacou a importância de investir em esforços para que as pessoas adotem comportamentos preventivos, como a compra de repelentes. O melhor caminho seria apostar em infraestrutura e políticas públicas que diminuam não só os custos, mas também os esforços das ações preventivas. ‘O senso comum diz que quando alguém tem uma informação sobre o que é bom para si próprio e sua família, adota um comportamento ou hábito’, explicou Luciana Phebo, chefe de saúde do Unicef no Brasil.
Fatores que impactam a prevenção contra a dengue
Psicológicos
* Histórico de infecção e percepção de risco: Quem nunca teve a doença, tende a não acreditar na gravidade.
* A percepção de risco e as práticas de prevenção podem aumentar em situação de epidemia, mas relaxar quando não há.
* Esforço: As práticas preventivas – incluindo limpeza de calhas, caixas d’água e locais de difícil acesso – são vistas como algo difícil.
Sociológicos
* Normas sociais: O que as pessoas falam que fazem e os hábitos que efetivamente incorporam em suas rotinas diárias.
* Acesso a políticas públicas: São esses aspectos que revelamos nesse estudo.
Estruturais
* Infraestrutura: Investir em esforços para que as pessoas adotem comportamentos preventivos.
* Políticas públicas: Apostar em infraestrutura e políticas públicas que diminuam não só os custos, mas também os esforços das ações preventivas.
Fonte: @ Veja Abril