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Corinthians deve pagar R$ 300 milhões apenas em juros de dívidas; veja o que isso significa
Valor é referente a débitos do financiamento, impostos, despesas e dívidas com fornecedores e bancos; Augusto diz que clube honra obrigações dentro do fluxo de caixa. Está na Agenda análise da conta.
O Corinthians enfrenta um grave problema de insolvência após o aumento significativo de juros de dívidas, o que pode afetar negativamente o desempenho do clube em campo e também na arena. O clube estima um gasto de R$ 300 milhões em 2024, o que é um valor alarmante, especialmente quando comparado à receita prevista no orçamento do clube. O pagamento desses juros pode se tornar insustentável e levar a uma quebra financeira do clube.
Além disso, o Corinthians tem uma dívida significativa com a Neo Química Arena, que representa a maior parte dos juros de dívidas. O clube está amarrado ao seu próprio passado e precisa encontrar uma maneira de lidar com essas dívidas para evitar uma falência. A situação é crítica e requer uma ação imediata para evitar danos irreparáveis ao clube.
Insolvência: Corinthians desembolsa R$ 199 milhões em juros até agosto
O Corinthians entrou em um acordo com o banco para pagar apenas R$ 200 milhões entre 2023 e 2024, valor que deve ser parcelado em dois anos, de acordo com a agenda de desembolso. Até agosto, o clube desembolsou R$ 199 milhões, com previstos cerca de R$ 100 milhões até o final do ano. O presidente Augusto Melo enfatizou que o objetivo é reduzir o bloqueio das contas e melhorar o fluxo de caixa para amortizar as dívidas que chegam diariamente nos departamentos financeiros e jurídicos.
A análise dos gastos com juros revela os seguintes desembolsos: Bancos (R$ 29,5 milhões), Agentes e fornecedores (R$ 30,5 milhões), Impostos (R$ 63,4 milhões), Variação cambial (R$ 13,9 milhões), Distratos, multas, descontos, receitas e outros (R$ 2,1 milhões) e Neo Química Arena (R$ 59,4 milhões), totalizando R$ 199,050 milhões.
Quebra no fluxo de caixa: o presidente defende o pagamento dos juros
Augusto Melo, em contato com o ge, destacou a necessidade de reduzir o bloqueio das contas e melhorar o fluxo de caixa para amortizar as dívidas. Ele afirmou que o grande objetivo é conseguir reduzir o bloqueio das contas e melhorar o fluxo de caixa para amortizar boa parte das dívidas que diariamente chegam nos departamentos financeiros e jurídicos.
A gestão passada foi criticada por não ter conseguido controlar os juros, que acumularam R$ 225 milhões apenas no ano passado. Isso resultou em um resultado negativo da EBITDA, que é a diferença entre receitas e custos, antes de descontar juros, depreciações e amortizações. Em apresentação, o diretor financeiro Pedro Silveira atualizou a dívida do Corinthians para R$ 2,3 bilhões, cerca de R$ 200 milhões a mais do encontrado no início do ano.
Quebra financeira: Corinthians revisa orçamento para 2024
A diretoria do Corinthians revisou o orçamento para 2024, prevendo faturamento de R$ 935 milhões e um superávit de R$ 17,6 milhões. Os valores são maiores do que o projetado inicialmente. O clube busca melhorar o fluxo de caixa para amortizar as dívidas, mas o pagamento dos juros continua a atrapalhar os investimentos em estrutura ou no futebol.
Fonte: © GE – Globo Esportes