Tecnologia
COP29: Chegada de acordo sobre financiamento climático, após atrasos

Financiamento climático é tópico central em conferência do clima, envolvendo países em desenvolvimento, mudanças climáticas, Organização das Nações Unidas e artigo 6º.
Após um dia de negociações intensas, as nações participantes da 29ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (COP29) alcançaram um acordo significativo, definindo o valor de financiamento necessário para combater o aquecimento global. Este acordo representa um passo importante na luta contra as mudanças climáticas, que ameaçam a estabilidade do planeta.
De acordo com o texto final aprovado em Baku (Azerbaijão), o financiamento para mitigar os efeitos do aquecimento global é um componente crucial na estratégia global para lidar com as consequências desse fenômeno. Este valor de financiamento será essencial para implementar projetos de clima que visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a sustentabilidade. O financiamento será um elemento fundamental para apoiar os esforços dos países em desenvolvimento em sua luta contra o aquecimento global.
Financiamento Climático: Principais Objetivos e Desafios
O financiamento para lidar com as mudanças climáticas foi um dos principais pontos de discussão na COP29, mas as nações em desenvolvimento expressaram insatisfação com o valor proposto, que ficou em US$ 300 bilhões (R$ 1,74 trilhão) anuais. Embora seja superior ao anteriormente sugerido (US$ 250 bilhões – 1,45 trilhão), as cifras não atendem às necessidades das nações emergentes.
Desafios no Caminho para o Financiamento Climático
A falta de um acordo sobre o financiamento necessário para combater as mudanças climáticas gerou tensão durante a reunião. Delegações de pequenos estados insulares e países em desenvolvimento abandonaram a negociação para protestar, alegando não terem sido ouvidos. A Arábia Saudita também foi acusada de fazer alterações no texto oficial da negociação, o que gerou mais controvérsia.
Conferência de Climática: O Artigo 6º e o Mercado de Carbono
A COP29 conseguiu concluir a redação do artigo 6º, que trata do mercado global de carbono. Esse artigo prevê a transferência de recursos para países e empresas que emitem menos gases de efeito estufa. O Brasil apresentou sua nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), visando reduzir as emissões líquidas de gases estufa entre 59% e 67% até 2035, comparadas a 2005.
Financiamento e Mudanças Climáticas: A Necessidade de Ação
Organizações Não Governamentais criticaram a NDC brasileira, argumentando que o país poderia ser mais ambicioso. O secretário-executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini, afirmou que a NDC brasileira implica em limites de emissões entre 792 milhões e 984 milhões de toneladas de CO₂ equivalente, o que não atende à contribuição justa do Brasil para a estabilização do aquecimento global em 1,5 °C.
Fonte: @Olhar Digital