Saúde
Conheça as estratégias do Ministério da Saúde para controle da dengue no Brasil

Investimentos de R$ 1,5 bilhão e vacina contra dengue marcam o Plano para Redução da Dengue e de Outras Arboviroses com Técnica do Inseto Estéril por Irradiação, Estações Disseminadoras de Larvicidas, Borrifação Residual Intradomiciliar e atenção a populações vulneráveis.
A dengue é uma das principais arboviroses de impacto econômico e social no Brasil, afetando milhões de pessoas em todo o País. O aumento da temperatura e da umidade, resultado das mudanças climáticas, tem influenciado o desenvolvimento das larvas do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue.
No que diz respeito ao controle e prevenção da dengue, o monitoramento das condições climáticas é fundamental para a vigilância e a mobilização das ações de prevenção. Além disso, a comunicação eficaz com a população é crucial para a detecção rápida dos casos suspeitos da dengue e para o reforço dos mecanismos de abastecimento de recursos para o combate à doença. A demanda por investimento em tecnologia para o estoque e distribuição de medicamentos também é necessária para atender às necessidades da população.
Investimentos para Controle da Dengue no Brasil
O Ministério da Saúde reservou R$ 1,5 bilhão para implementar medidas de controle da doença, incluindo a utilização de tecnologias inovadoras, intensificação de campanhas educativas e aquisição de doses da vacina contra a dengue. Em 2025, o Governo investiu em 9,5 milhões de doses da vacina contra a dengue para serem utilizadas em todo o país. Esta ação foi realizada em parceria com governos estaduais e municipais, reforçando a importância da colaboração em saúde pública. Em setembro de 2024, o Brasil lançou o Plano para Redução da Dengue e de Outras Arboviroses, em consonância com as orientações dos principais órgãos de saúde internacionais. Este plano foi elaborado em colaboração com instituições públicas, privadas e organizações sociais, visando reduzir a doença por meio de 6 eixos de ação: prevenção; vigilância; organização da rede assistencial; qualificação de profissionais; mobilização e comunicação comunitária; e diagnóstico e tratamento adequado. Além disso, o Ministério da Saúde manteve diálogo constante com estados e municípios para monitorar as ações de controle da doença. No início da gestão, foram recompostos os estoques de inseticidas em todo o país, e atualmente, com a regularização dos estoques e atendimento das demandas, 100% dos estados estão abastecidos. O Ministério da Saúde também distribuiu mais de 3 milhões de testes para detecção da dengue e outras arboviroses, e investiu no uso de novas tecnologias para controle do vírus, como a ampliação do método Wolbachia e a incorporação ao SUS das Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs).
Contexto da Dengue no Brasil
A dengue é considerada endêmica em mais de 130 países, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). As alterações climáticas têm afetado as condições de saúde em todo o mundo e, uma das consequências é o aumento nas arboviroses não somente no Brasil, mas em diversos locais. Desde 2023, a Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que surtos de dengue foram observados pela primeira vez em locais como Afeganistão, Paquistão, Sudão, Somália e Iêmen, e a transmissão local passou a ocorrer na Espanha, Itália e França. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) revelou que, em 2024, nas Américas, o número de casos nos seis primeiros meses excedeu o número de casos notificados anualmente em comparação a todos os anos anteriores. No México, por exemplo, houve um aumento de 241% em relação ao mesmo período de 2023; e 357% em relação à média dos últimos cinco anos. Na Guatemala, os casos também aumentaram significativamente.
Fonte: @ Ministério da Saúde