Como se Preparar para um Exame com um Cérebro Desenvolvido

Novas histórias fortalecem a rede-de-memória, ajustando sinapse-neurônio, e reduzindo estresse por meio do sono e atividade física, melhorando atenção-cognição em estudo-passivo, com foco em memória-episódica

É comum ouvir sobre a importância de alimentar o cérebro com informações e conhecimentos para poder enfrentar a ansiedade das provas e do exame. Alguns até falam sobre a necessidade de uma boa memória para reter tudo o que foi aprendido ao longo da preparação. Mas, afinal, o que é que torna realmente essas atividades tão difíceis de serem realizadas, mesmo com uma rotina intensa de estudo?

A verdade é que o corpo humano tem limites, e a mente também. Repassar conteúdos por horas a fio pode ser prejudicial, pois leva a fadiga e desgaste mental. Além disso, a falta de aprendizado ativo e a dependência em provas podem levar a uma visão estreita da aprendizagem, tornando difícil a aplicação do conhecimento em diferentes contextos. Quem não se sente preparado para enfrentar os desafios dos exames, pode se sentir como um aprendiz, perdido em um mar de informações. É importante encontrar um equilíbrio entre o estudo e a aprendizagem para garantir uma memória forte e uma compreensão mais profunda dos conceitos. Com isso, é possível alimentar o cérebro com uma dieta equilibrada de conhecimento e habilidades, tornando-se mais capaz de enfrentar os provas com confiança. O cérebro humano é uma ferramenta incrível, mas precisa ser usada de forma inteligente para alcançar o sucesso.

Revisão Inteligente: O Segredo do Cérebro para um Aprendizado Eficiente

Mesmo com a cobertura em tempo real do ENEM 2024, prevista para domingo a partir das 18h30, o segredo de uma boa revisão pode não ser apenas mais horas de estudo, mas sim entender como o cérebro aprende e lembra das coisas.

O Cérebro: Um Processo Individual de Aprendizagem

O neurocientista Bogdan Draganski, do Hospital Universitário Insel em Berna, na Suíça, afirma que não existem truques rápidos ou ‘atalhos fáceis’ para o sucesso escolar. Segundo ele, cada um aprende de um jeito, influenciado pelas ‘diferenças individuais de motivação, atenção e cognição’ de cada um. Isso significa que não existe uma forma única de aprender.

O Cérebro: Armazenando Memórias e Formando Sinapses

O cérebro armazena memórias como conexões entre os neurônios, especialmente nas regiões do hipocampo e da amígdala cerebral. Essas conexões são chamadas de sinapse. Novas memórias são formadas quando os neurônios criam novas sinapses com outros neurônios, gerando uma teia de conexões neuronais. No entanto, é preciso trabalhar na manutenção dessas memórias para acessá-las depois.

Aprendizado Complexo: Um Mistério para a Ciência

A ciência ainda não sabe ao certo o que acontece no cérebro quando aprendemos informação complexa. Os mecanismos que regem a formação, consolidação e recuperação bem-sucedidas da memória episódica ainda são elusivos, segundo Draganski. O aprendizado é um processo ‘tremendamente complexo’ no cérebro, dependente de estímulos sensoriais, emoções, níveis de estresse, centros de processamento cognitivo e redes de memória.

A Importância da Recuperação Ativa e da Atenção

Aprender e reter novas informações dependem de dois processos principais: a codificação e a consolidação. Estudos sugerem que praticar a ‘recuperação ativa’ melhora a retenção da memória em comparação com o estudo passivo. Além disso, a atenção é crucial nesse processo de fixação do aprendizado. Encontrar várias formas diferentes de aprender a mesma coisa, como vídeos educacionais, leitura, pode ser eficaz.

Fonte: © G1 – Globo Mundo