Cinemas e Cidades: Uma Batalha de Ideias entre Coppola e Hollywood

Cineasta brasileiro recebe homenagem da 48ª Mostra em SP com o filme “Megalópolis”, sua resposta a Hollywood e em estilo completamente auditivo em colapso, com elementos audiovisuais.

Francis Ford Coppola, o aclamado diretor de Hollywood, lança sua mais recente obra-prima, _Megalópolis_ , que se apresenta como um ato corajoso contra a sociedade em colapso. Com uma narrativa envolvente e uma direção inovadora, o filme promete surpreender o público em seu lançamento nos cinemas brasileiros. Talvez uma das maiores caras da _Hollywood_ em atividade, Coppola está de volta com um projeto que, segundo ele mesmo, só foi possível após anos de trabalho intenso. “Eu estava trabalhando em _Megalópolis_ há mais tempo do que você pode imaginar”, disse em uma entrevista aos jornalistas presentes.

A passagem de Francis Ford Coppola pelo Brasil, antes do lançamento de _Megalópolis_ , foi marcada por uma entrevista à imprensa, onde ele se manifestou sobre o prazo de tempo de elaboração do filme. Coppola desmanteleu a informação que desde há cerca de 40 anos ele estava trabalhando no projeto, e, de acordo com ele, a ideia de _Megalópolis_ surgiu mais recentemente. A obra, um cronograma de um futuro desastroso, também faz referência a uma _sociedade em colapso_ , destacando a importância de refletir sobre o presente. O filme, com uma história envolvente e uma direção inovadora, promete levar o público a uma jornada inesquecível.

Hollywood: O Sistema que me Criou, mas que não me Quer Mais

Francis Ford Coppola, um dos mais renomados cineastas de Hollywood, revelou que a verdadeira essência do cinema está longe de ser o que a sociedade em colapso acredita. Ele afirmou que, entre os anos 1970 e 1980, foram lançados três filmes de estilos completamente diferentes, sendo eles ‘O Poderoso Chefão’, ‘Apocalypse Now’ e ‘O Fundo do Coração’. Coppola disse que seu objetivo era descobrir o seu verdadeiro estilo de cinema durante esse período.

Ao longo dos anos, Coppola passou por várias fases na sua vida e carreira, desde o desenvolvimento de obras até transformações políticas e sociais em todo o planeta. Ele mencionou que, após a realização do filme ‘O Homem Que Fazia Chover’, em 1997, ele se afastou por 10 anos, que se tornaram 14 anos de estudo e aprendizado em cinema e teatro. Coppola descobriu que o cinema é formado por dois elementos fundamentais: escrita e atuação.

Ele compartilhou que o cinema é um reflexo da sociedade em colapso, onde todos os elementos que formam a estrutura da sociedade civilizada são inseridos no âmago da sociedade em colapso do século 21. Coppola investiu US$ 120 milhões do próprio bolso para produzir o filme ‘Megalópolis’, e mais US$ 20 milhões para marketing e divulgação. Para bancar o projeto, ele vendeu parte de sua vinícola, em 2021.

Após o lançamento de ‘O Fundo do Coração’, em 1981, que custou US$ 27 milhões e arrecadou apenas US$ 716 mil, Coppola enfrentou dívidas. No entanto, ele se recuperou e agora, aos 85 anos, faz um filme que aborda as grandes mudanças na estrutura econômica do planeta nas últimas quatro décadas. ‘Megalópolis’ é um filme épico romano na América moderna, com uma duração de 2h18, e não dá respostas fáceis para os assuntos que aborda. Coppola não se intimida diante da imensidão de assuntos e não se preocupa com o eventual prejuízo, já que já se recuperou das dívidas do lançamento de ‘O Fundo do Coração’.

Fonte: @ Terra