Finanças
Bolsas Internacionais e Juros Bancários em Rota de Queda, Motivados por Medidas Econômicas Mornas da China e Avanço de Trump nos EUA.
O índice Stoxx caiu 0,67%. O FTSE 100 recuou 0,42%. Ações da região perderam valor. Pesquisas indicam medidas fiscais mornas vindas. Dia negativo para estímulos fiscais.
As bolsas da Europa experimentaram uma séria queda em sua valorização nesta segunda-feira (21), devido às medidas de estancamento econômico impostas pela China, que geraram impacto negativo no mercado financeiro. Nesse contexto, também é importante destacar a influência nefasta de uma queda nas bolsas americanas, que vêm acompanhada de pesquisas indicando maior potencial de vitória republicana nas eleições presidenciais. A situação desencadeou uma crise de confiança entre os investidores.
É comum observar que grandes empresas, especialmente as europeias, não estão imunes a esses impactos. Com o aumento dos juros bancários, elas enfrentam desafios significativos em suas operações financeiras, o que pode afetar a oferta de seus produtos, como petróleo e minerais. Além disso, essas empresas lutam para se manter competitivas em um mercado de tarifas mutáveis, o que é intensificado pelas propostas de tarifas mais altas em alguns países. A consequência disso é que alguns investidores passam a reavaliar suas opções de investimento, o que pode ainda mais acentuar a queda nas bolsas.
Bolsas caem, mas petróleo e minerais subem
O mercado financeiro europeu caiu ontem, mas algumas bolsas, como as de petróleo e minerais, conseguiram resistir à desvalorização. É o caso do Stoxx 600, que fechou com uma perda de 0,67% para 521,48 pontos. O FTSE 100, de Londres, perdeu 0,42% e o Dax de Frankfurt sofreu uma queda de 1,02%. Já o CAC 40 de Paris registrou uma perda de 1,05%.
A China cortou seus juros bancários em 0,25 ponto percentual para 3,10% e 3,60%, respectivamente. Embora o corte tenha sido maior que o esperado e tenha animado os investidores em petróleo e minerais, o mercado não conseguiu manter a alta. A ideia é que o corte nos juros estimule as compras de imóveis, já que os juros são usados para precificar hipotecas e empréstimos aos consumidores.
No entanto, a economista Susannah Streeter, da Hargreaves Lansdown, acredita que seria necessário mais estímulos fiscais para colocar mais dinheiro disponível para os consumidores. Com a alta do petróleo, a BP fechou em alta de 1,31% e a Shell subiu 0,52%. A Eni também ganhou 1,09%. Já as empresas de luxo, que podem se beneficiar do corte de juros chineses, tiveram uma queda firme, com as empresas perdendo entre 2% e 2,5% no dia.
As pesquisas indicam maior chances de uma vitória republicana nos EUA, o que pode levar a propostas de tarifas maiores para a Europa, prejudicando as empresas europeias com forte volume de exportação para os EUA. É um momento de incerteza no mercado e as bolsas precisam se adaptar às novas realidades.
Fonte: @ Valor Invest Globo