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Bailes Funk e Violência Policial: Um Contexto de Violência.
Arremesso é mais uma violência da PM paulista em baile da DZ7 na periferia da zona, coincidindo com 5 anos do Massacre de Paraisópolis, onde a polícia invadiu um baile funk do córrego do Cordeiro, sem apresentar um documento de investigação histórico.
A violência é um problema crônico em eventos sociais da periferia de São Paulo, como os bailes funk. Essas ações violentas não são novidade, pois ocorrem há duas décadas em locais como a capital paulista, Baixada Santista e interior. A violência policial é um assunto complexo e sensível que merece ser debatido.
A repressão exercida por policiais militares em eventos como pancadões e bailes funk leva a uma criminalização excessiva da juventude da periferia. Relatórios como o lançado dia do arremesso de homem na ponte em Cidade Ademar, quebrada da zona sul de São Paulo, são exemplos disso. É necessário refletir sobre a violência policial e encontrar soluções para que essas ações não se repitam.
Violência Policial: Arremesso de Homem de Ponte deixa Periferia de SP Chocada
Uma cena chocante de violência policial foi registrada em Cidade Ademar, periferia da zona sul de São Paulo, quando um homem foi arremessado de uma ponte na rua Padre Antônio de Gouveia, em meio a uma operação militar. A ponte passa sobre o córrego do Cordeiro, na Vila Clara, uma região que compartilha algumas características com a favela de Paraisópolis, onde o Massacre de Paraisópolis deixou nove jovens mortos em 2013.
A cena ocorreu durante a dispersão de um baile funk, evento que acontece na Vila Clara, a cada semana, no ponto final do ônibus da linha Vila Clara-Pinheiros. Esse baile tem esse nome porque acontece no ponto final do ônibus da linha Vila Clara-Pinheiros, em Cidade Ademar, periferia da zona sul paulistana, e é um local frequentado por jovens da periferia.
A violência policial não é novidade nessa região. Em Paraisópolis, cinco anos atrás, a dispersão das pessoas foi feita com violência pela PM, resultando em nove jovens mortos. A cena do policial militar jogando um homem de cima da ponte aconteceu horas antes do lançamento do relatório Pancadão, uma História de Repressão aos Bailes Funk de Rua na Capital Paulista, que descreve duas décadas de crescente repressão aos bailes funk pela PM, culminando com o Massacre de Paraisópolis.
O relatório foi produzido pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo e pelo Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O crescimento das operações da PM em bailes funk é exponencial, com uma operação realizada em 2016, seguida por 74 operações no ano seguinte e 141 no ano seguinte.
A quantidade de policiais também é uma coincidência. Treze PMs do 16º Batalhão eram acusados no processo do baile da DZ7, doze viraram réus. Entre os PMs do 24º Batalhão de Diadema que participavam da ação em Cidade Ademar, 13 foram afastados das ruas.
A história de violência policial não parou por aí. Outro caso chocante foi o do mercado Oxxo, onde um homem foi morto a tiros pelas costas por um PM, em uma operação que aconteceu em uma das ruas mais conhecidas da zona sul, a Vicente Rao. A distância entre a favela de Paraisópolis e a ponte na Vila Clara, passando pelo mercado, é de apenas 13 quilômetros.
A coincidência não para por aí. A cena do homem sendo arremessado da ponte aconteceu em uma das ruas mais conhecidas da zona sul de São Paulo, a Padre Antônio de Gouveia, conhecida como a rua da violência. A rua passa sobre o córrego do Cordeiro, na Vila Clara, uma região que compartilha algumas características com a favela de Paraisópolis.
A violência policial é um problema crônico na periferia de São Paulo. Em 2013, o Massacre de Paraisópolis deixou nove jovens mortos. A cena do homem sendo arremessado da ponte na Vila Clara é mais um ato de violência em pancadões, que tem tragédias como o Massacre de Paraisópolis.
A pergunta que todos se fazem é: qual é o motivo da violência policial em regiões periféricas? É a falta de oportunidades? É a falta de infraestrutura? É a falta de políticas públicas? A resposta é simples: a violência policial é um problema crônico na periferia de São Paulo e precisa ser abordada de forma séria.
Os jovens da periferia merecem respeito e dignidade. Eles merecem uma vida sem violência policial. Eles merecem uma vida sem repressão. Eles merecem uma vida com oportunidades. É hora de mudar a história de violência policial na periferia de São Paulo. É hora de mudar a história da periferia. É hora de mudar a história do Brasil.
Fonte: @ Terra