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Algoritmos e limites da liberdade de expressão na internet.

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Algoritmos observam nosso comportamento e determinam feeds de notícias, inclusive governos de todo o mundo, União Europeia, sites de redes sociais e praça digital.

Os algoritmos são a chave para entender como as redes sociais funcionam para nós, ou seja, como elas nos mostram conteúdo e como podemos nos conectar com outros usuários. Eles são criados para garantir que o usuário tenha uma experiência mais agradável e relevante, trazendo para a tela apenas o conteúdo que realmente interessa. Alguns dos principais algoritmos utilizados são o algoritmo de recomendação e o algoritmo de classificação.

Desde sua criação em 2009, os algoritmos de rede social já revolucionaram a forma como interagimos na internet. Eles atuam como um filtro, mostrando apenas o conteúdo que é mais relevante para o usuário. E, como acontece com muitos adolescentes, eles representam um desafio para os adultos que esperam conter seus excessos. Por exemplo, em uma conversa de rede social, você pode se encontrar com amigos e familiares de todo o mundo e se conectar com outras pessoas que compartilham interesses com você. Afinal, as redes sociais são uma das principais ferramentas de comunicação em massa que temos hoje em dia.

Algoritmos redefinem as redes sociais: desafios para a liberdade de expressão

Não é por falta de tentativas audazes, pois governos de todo o mundo têm investido esforços significativos em 2023 para mitigar os efeitos nocivos e a desinformação nas redes sociais, agravados por sofisticados algoritmos. No Brasil, a rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, foi banida por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, até que o site concordou em nomear um representante legal no país e bloquear uma lista de contas que as autoridades acusaram de questionar a legitimidade das últimas eleições. Enquanto isso, a União Europeia introduziu novas regras que ameaçam multar as empresas de tecnologia em 6% do volume de negócios e suspender suas plataformas se não conseguirem evitar que sejam utilizadas para interferência em processos eleitorais, com foco nas redes sociais.

No Reino Unido, uma nova lei de segurança online obriga os sites de redes sociais a reforçar a moderação de conteúdo, enquanto nos EUA uma proposta de lei pode proibir o TikTok se o aplicativo não for vendido por sua controladora chinesa. Governos enfrentam críticas de que estão restringindo a liberdade de expressão e interferindo nos princípios da internet, como estabelecidos nos seus primórdios. Em 1996, o poeta americano e criador de gado John Perry Barlow disse em um ensaio sobre 500 sites de notícias: ‘Governos do mundo industrial, gigantes cansados ​​de carne e aço, eu venho do ciberespaço, o novo lar da mente. Em nome do futuro, peço ao passado que nos deixe em paz. Você não é bem-vindo entre nós.’

O professor de Direito e ex-conselheiro do presidente Trump, Adam Candeub, descreve as redes sociais como ‘polarizantes, turbulentas, rudes’, uma ‘maneira terrível de ter discurso público’. No entanto, ele acredita que a alternativa, que muitos governos estão defendendo, é torná-las instrumentos de controle social e político, o que ele considera ‘horrível’. O professor Candeub acredita que, a menos que haja ‘um perigo claro e presente’ representado pelo conteúdo, ‘a melhor abordagem é um mercado de ideias e abertura para diferentes pontos de vista’.

Técnicas de algoritmos em redes sociais

Esta ideia de um ‘mercado de ideias’ alimenta a visão de que as redes sociais oferecem condições de concorrência equitativas, permitindo que todas as vozes sejam ouvidas igualmente. Quando assumiu o Twitter (agora rebatizado como X) em 2022, Elon Musk disse que, externamente, via a plataforma como uma ‘praça digital’. No entanto, Asha Rangappa, advogada e professora de assuntos globais da Universidade de Yale (EUA), afirma que Musk ‘ignora algumas diferenças importantes entre a praça tradicional e a online: remover todas as restrições de conteúdo sem levar em conta essas diferenças prejudicaria o debate democrático, em vez de ajudá-lo.’ Rangappa acrescenta que o conceito de ‘mercado de ideias’ é baseado na ‘premissa de que as redes sociais são como uma praça pública onde todos podem se reunir e compartilhar suas ideias, sem restrições.

Fonte: © G1 – Tecnologia

Olá, sou Felipe Cavalcanti, um redator especializado em cobrir as complexidades do cenário político e econômico. Minha paixão está em analisar os fatos e apresentá-los de forma clara e objetiva para ajudar meus leitores a compreenderem os desdobramentos mais recentes. Gosto de mergulhar em dados e tendências, oferecendo insights sobre o que está por vir e como as decisões políticas podem impactar o nosso futuro. Estou sempre em busca de trazer a notícia com precisão e profundidade.

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