Negócios
Alexandre Rodrigues assume liderança da Sequoia, após reestruturação e mudança de modelo de negócios
Reestruturação financeira com bancos e fornecedores, empresa de logística contrata Alexandre Rodrigues para liderar negócios de logística, substituindo fundador Armando Marchesan Neto no conselho como especialista em operações industriais e logística.
A Sequoia, uma das maiores empresas do setor de operações logísticas no Brasil, anunciou uma mudança na sua alta direção. O seu fundador, Armando Marchesan Neto, agora assume um papel como conselheiro no conselho de administração, após renunciar à função de CEO.
Com a saída de Armando Marchesan Neto, a empresa promoveu o executivo Alexandre Rodrigues para a posição de CEO, responsável por liderar a empresa e implementar políticas de crescimento e expansão. Alexandre Rodrigues é um especialista com vasta experiência em operações industriais e logística, que certamente trará uma nova visão para o cargo. Com sua experiência, ele vai impulsionar o crescimento da empresa e garantir a sua posição como líder no mercado.
Um Fim e Outro Começo no Túnel
A transição entre o atual gestor Alexandre Rodrigues e o novo CEO, que assume a cadeira em fevereiro de 2025, está prestes a dar seu próximo capítulo. Este executivo, que possui experiência em importantes empresas como a Ouro Verde/Unidas, Ambev e Votorantim, é especialista em otimizar processos e padronizar operações. Sua chegada é resultado de um processo de reestruturação financeira, que viu a empresa equacionar suas dívidas com bancos e fornecedores. A recuperação extrajudicial foi homologada pela Justiça em 22 de outubro, após um período de reestruturação do endividamento com bancos, que foi concluído em dezembro de 2023. Nesse mês, a empresa conseguiu converter R$ 311 milhões de sua dívida bancária, correspondendo a cerca de 80% do total de R$ 400 milhões. Além disso, a Sequoia realizou um acordo com credores não financeiros, o que culminou no pedido de recuperação extrajudicial na primeira quinzena de outubro. São cerca de 700 fornecedores que a empresa já não trabalha mais, totalizando R$ 295 milhões a receber.
O timing da transição é considerado adequado após a reestruturação. A empresa pesquisou uma liderança com perfil de CEO e encontrou em Alexandre Rodrigues um executivo com a cabeça fresca para acelerar nas avenidas de crescimento. A ideia é que o novo CEO faça um mergulho profundo na estrutura da Sequoia ao longo de novembro para identificar as ineficiências e fazer os ajustes necessários. Duas pessoas de planejamento vindas da Jive, gestora que detém 22% da companhia, desembarcarão na Sequoia nos próximos dias para auxiliar o novo CEO a criar modelos rentáveis para o negócio. O objetivo é acertar o pricing e otimizar a operação. A Sequoia ainda vai focar nos mercados onde é competitiva, evitando entrar em guerra de preços para transportes de varejo. Para alcançar esse objetivo, a empresa adotará um modelo asset light, com foco em transportes expressos e de alto valor agregado. A transformação já vinha acontecendo nos últimos meses, com a entrega de centros de distribuição que geravam custo fixo à operação, mas estavam ociosos. A Sequoia planeja devolver um dos principais espaços de distribuição em 30 de novembro e alugar espaços conforme a sua demanda, transformando o custo fixo em variável. Além disso, a empresa está negociando com um grande player do varejo para locar parte do galpão de sua estrutura.
Fonte: @ NEO FEED