Justiça
Agressão Policial: Mercado de SC testemunha violência; advogada reivindica mudanças

Advogada Aline Borges da Silva sofreu agressão física por policiais militares que usaram gás de pimenta, levando a um exame de corpo de delito e denúncia de abuso de poder pela Ordem dos Advogados do Brasil.
Em uma entrevista concedida a um portal de notícias, a advogada Aline Borges da Silva revelou os detalhes chocantes da agressão sofrida por policiais militares no estacionamento de um mercado em Içara, no Sul de Santa Catarina. A advogada, que estava no local para uma missão profissional, relatou que foi atacada sem justa causa, sofrendo lesões físicas graves e emocionais.
A advogada Aline Borges da Silva, que ainda se recupera das consequências da agressão, ressaltou que a violência perpetrada pelos policiais foi injustificada e que a sua fragilidade emocional ainda é um problema a ser superado. Ela também destacou que a imobilização com um joelho no pescoço foi um momento de extrema angústia, ao ponto de ela perder uma unha devido a torções nos dedos.
Agressão Policial: Advogada Relata Abuso de Poder
A defensora Aline Borges, originária do Rio Grande do Sul, encontrava-se de passagem por Santa Catarina quando foi testemunha de uma situação de violência policial. Em sua narrativa, ela descreveu estar ‘extremamente fragilizada, tanto emocionalmente quanto fisicamente’ após a ocorrência. A mãe dela, servidora do Ministério Público, também foi alvo de agressão física, sofrendo tapa no rosto, choque elétrico e empurrões.
Aline explicou que, à medida que observava a abordagem policial no mercado, se aproximou para acompanhar o ocorrido, uma prerrogativa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). No entanto, sem justificativa, foi atingida com gás de pimenta no rosto, além de seu namorado e mãe dele também serem afetados pelo gás. A mãe, posteriormente, foi empurrada e agredida. Em seu depoimento, Aline relatou que após ver a mãe sendo agredida, pediu para ir à delegacia prestar esclarecimentos, afirmando não haver desacato ou desobediência, apenas a exigência de seus direitos legais.
O exame de corpo de delito foi realizado na segunda-feira (11), revelando marcas pelo corpo, incluindo hematomas e cortes no rosto, braços e mãos. A Polícia Civil lavrou um termo circunstanciado por resistência e desacato contra os policiais. A advogada expressou-se sobre a situação, dizendo ter se sentido sem voz e sem direitos, ameaçada e intimidada, alvo de abuso de poder.
O caso está sob investigação, com a Polícia Civil e a Polícia Militar abrindo procedimentos para apurar os envolvidos. A OAB-SC pediu o afastamento dos policiais para apuração da responsabilidade. A OAB Criciúma também prestou apoio à profissional, fornecendo assistência jurídica e institucional.
Agora, o caso está na delegacia de Içara, sem retorno do delegado responsável até a publicação. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu o afastamento dos policiais envolvidos para apurar a responsabilidade, além da apuração completa de todos os fatos.
A advogada, ao relatar o ocorrido, expressou sua indignação com a situação, descrevendo-se como ‘vítima de agressão e violência física de parte dos policiais militares que, ao invés de proteger a sociedade, agiram como verdadeiros atacantes’.
Fonte: © Direto News