Saúde
Ações de saúde em comunidades quilombolas com foco na dignidade e na equidade racial.
Saúde-bucal, atenção-psicossocial e saúde-ambiental são reforçadas para comunidades quilombolas, com foco em equidade-racial e vulnerabilidades-étnico-raciais, através de políticas-inclusivas e investimentos em saúde-publica contra mudanças-climáticas.
Em um marco importante, o Ministério da Saúde apontou os desafios da saúde pública, especialmente para a população quilombola. Com o objetivo de promover a equidade no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério lança o pacote de medidas ‘Saúde sem Racismo: políticas pela Igualdade Racial‘, reforçando o compromisso com o direito à saúde da população quilombola.
Com o lançamento do pacote, é possível fortalecer a saúde pública, oferecendo políticas mais inclusivas e atendendo às necessidades da população quilombola. É uma oportunidade para que o Sistema Único de Saúde (SUS) fortaleça suas ações e sejam mais respeitosas com as demandas da população quilombola, que necessita de políticas públicas mais eficazes, como Saúde em territórios quilombolas, com recursos específicos para atender às suas necessidades. Este é o caminho para a Saúde sem Racismo, com políticas públicas eficazes, que promovam a equidade e a acessibilidade à saúde para todos os brasileiros.
Saúde: A Prioridade para Quilombolas
Com aproximadamente 1,3 milhões de pessoas distribuídas em mais de 6 mil comunidades, conforme o Censo 2022, a saúde quilombola enfrenta barreiras significativas no acesso a serviços de saúde. A ministra Nísia Trindade enfatizou a importância dessas ações para reparar uma dívida histórica com essas populações.
Projetos para Saúde Quilombola
O Ministério da Saúde está implementando várias iniciativas para melhorar a saúde quilombola. Algumas dessas ações incluem:
* Investimento adicional em Equipes de Saúde Bucal da Atenção Primária à Saúde (APS) que atendem comunidades quilombolas;
* Ampliação do programa Mais Médicos, atualmente presente em 1.696 municípios com comunidades quilombolas;
* Criação de 400 salas de estabilização e 140 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), priorizando municípios com comunidades quilombolas;
* Formação Profissional do SUS para Saúde Quilombola, capacitando profissionais para atuar em contextos específicos dessas comunidades;
* Projeto SUS Digital, com implementação inicial em Oriximiná, visando modernizar o atendimento;
* Ações de saúde ambiental, considerando vulnerabilidades étnico-raciais e o impacto das mudanças climáticas na saúde.
Observatório para a Saúde da População Negra
A criação do Observatório para a Saúde da População Negra é outra medida estratégica para beneficiar a população quilombola. O observatório será sediado na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A previsão é que o observatório esteja em funcionamento até o primeiro semestre de 2025, monitorando indicadores de saúde e propondo políticas inclusivas.
População Quilombola e Desafios Estruturais
A população quilombola enfrenta desafios estruturais, como uma taxa de analfabetismo três vezes superior à média nacional e acesso limitado à saúde em áreas remotas. Com o lançamento dessas iniciativas, o Ministério da Saúde busca a construção de um sistema de saúde mais inclusivo e equitativo, capaz de responder às demandas históricas desse público e promover justiça social.
Fonte: @ Ministério da Saúde